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Ritmo do mar

A paisagem não poderia ser mais perfeita. A areia branca se confundia com a espuma da água do mar, que, por sua vez, possuía um tom de azul-esverdeado cristalino que combinava com os tons de azul do céu de um dia ensolarado e sem nuvens. Era entardecer, a aurora começava a surgir e eu posso garantir que conseguia encontrar a lua, ainda tímida, a postos para assumir o seu devido lugar.

Em cima de uma canga, estávamos sentados admirando essa obra divina. A praia poderia ser considerada particular, pois além de nós, apenas algumas poucas vivas almas estavam também apreciando o momento. Sua roupa de banho desenhava o seu corpo um pouco bronzeado, marcado do sol. Posso me considerar uma pessoa de sorte por vivenciar essa cena, que não sairá tão cedo da minha memória. Aproveitei que você estava em posição de lótus para começar a desenhar a curva de sua nuca com beijos. Suaves e delicados. Era assim que o momento pedia. Conforme ia traçando minha boca, você mexia a cabeça, me dando liberdade e acesso.

Já eu estava atrás de você, com as mãos na altura de seus quadris. Elas, as vezes, escapavam para acariciar suas costas, percorrendo sua espinha. Com a ajuda da minha língua, retirei da sua pele o sal que estava impregnado após tantos banhos de mar. Minha língua quente tocava sua pele macia de forma tão suave que me sentia comendo algodão doce. Seu frescor se derretia em minha boca. Minhas mãos adquiriram vida própria e começaram a passear pelo restante do seu corpo: barriga, busto, coxas, virilha. Incessantemente. Incansavelmente. Suavemente.

Elas buscavam cobrir cada centímetro de pele que pudesse ser tocada, cada pedaço que pudesse ser exaltado.
Te viro para mim, seus olhos estavam brilhantes, ardendo em fogo e desejo. Sua boca semiaberta, implorava sem palavras o beijo que se sucedeu. Tudo era muito calmo e sensual, carregado de desejo. Enquanto te beijava, minha mão buscava seu sexo. De forma delicada, sentia-o quente e úmido, e conforme meus dedos por ali se aventuravam, você arfava no meu ouvido, seu corpo se retesava, e eu seguia a missão de senti-lo ainda mais molhado e queimando em desejo.

O tempo parecia ter parado enquanto eu sentia seu calor em meus dedos e em minha boca, enquanto a outra mão achara seu seio e estacionara por lá, mantendo apenas uma movimentação circular em seus mamilos. Seu corpo vibrava junto a vibração das ondas. Sexo e mar em um ritmo único. E nesse balanço, senti sua explosão de prazer em meus lábios, me deliciando em gozo e satisfação.

A paisagem não poderia ser mais perfeita.

 

De um leitor(a) despudorado(a) em algum lugar do mundo.

De algum lugar do Brasil e, é claro, com bastante tesão.

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