Você sabe o que é sexting?
Conversar por meio de mensagens online se tornou a coisa mais comum do mundo e se relacionar da mesma forma, também. Com todas as possibilidades oferecidas pelos apps whatsapp e telegram, por exemplo, é possível compartilhar todo tipo de conteúdo erótico – textos, gifs, fotos, vídeos ou até mesmo mensagens de áudio. Além do mais, temos o Instagram e o Facebook como grandes redes sociais que também funcionam quando o assunto é flerte, ousadia e alegria.
Independentemente de como as mensagens erotizadas forem trocadas na internet, esta é uma prática muito comum – especialmente entre jovens que estão com os hormônios gritando. Essa prática se chama Sexting, que é uma palavra em inglês que significa “sex” (sexo) e “texting” (texto), ou seja, sexo por meio de mensagens.
Em 2019, um estudo foi publicado pelo Journal of the American Medical Association Pediatrics apontando que um em cada sete jovens com menos de 18 anos afirmaram já ter praticado sexting. O resultado dessa pesquisa foi preocupante e, mesmo após dois anos, ainda é referência quando falamos sobre o assunto. Apesar de sabermos o quanto o sexting é algo comum, também sabemos que há grande risco de exposição da intimidade.
Devido a isso, as pessoas podem até se divertir e exercer a sua sexualidade, mas não devem esquecer de tomar todos os cuidados na hora de compartilhar momentos íntimos porque “se cair na rede é peixe” (e não vai faltar quem queira pescar). Situações em que isso acontecem podem colocar em xeque nossa saúde mental e o que era lazer pode se tornar um transtorno.
Não faltam casos em que imagens íntimas são expostas como forma de vingança ou chantagem. Para atitudes como essa, temos o termo Revenge Porn – que corresponde a publicação de conteúdo íntimo publicamente e sem consentimento com essa finalidade citada anteriormente. Em 2018, inclusive, a Lei n. 13.718 modificou o Código Penal e tipificou os crimes de importunação e crimes sexuais contra vulnerável. Logo, se algo acontecer, você pode denunciar – graças a Deus!
Para evitar tais transtornos, eu trouxe algumas dicas importantes para que você redobre a atenção no momento do vuco-vuco virtual. Primeiramente, caso envie fotos mais ousadas, não se identifique. Busque não mostrar o rosto ou marcas muito pessoais em seu corpo, como tatuagens. Em segundo lugar, evite trocar mensagens quando estiver bebendo. Essa é uma forma de se preservar (acredite!). Um terceiro ponto importante é sobre conversar e compartilhar conteúdo com quem você se sente segura(o). Se te impuserem algo, recuse. Em todas as redes sociais, você tem a opção de bloquear a pessoa. E, para finalizar, dê preferência a conhecer melhor a pessoa que está interagindo contigo. Ter referências e buscar essa segurança é essencial.
Depois de toda essa explanação, qual o seu sentimento sobre o assunto? Espero que seja com precaução ao lado de todo divertimento que essa prática traz. E, ah, de gozos também!
Lu Rosário
Jornalista. Baiana. Leonina. Feminista preta. Apaixonada por tudo o que diz respeito a sexo e sexualidade. Palavras e fotografias são suas taras.